Os alunos das turmas - 5.ºE e 5.ºJ após a realização do teste de avaliação procederam à leitura de livros da colecção Sol, tendo em vista, a inscrição no concurso: Quem conta um conto...
No final da aula alguns alunos decidiram participar.
Auto da barca do Inferno (cont.)
Autor: Gil Vicente
Diabo: Subi lesto. Ponde o pé e acabou-se o “conversê”.
Frade: Pró inferno não irei. Pois eu não mereço tanta tristeza. É pró paraíso que navegarei.
Anjo: Que vindes cá fazer? Pró paraíso não vos levarei.
Frade: E porque não? Não fiz nada na minha vida humana, para merecer tal desgosto.
Anjo: Não mintéis. Pois agredistes crianças e idosos. Mereceis ir para a barca do inferno.
Diabo: Isso mesmo meu caro Anjo. Vinde para a minha barca e vos tratarei como um rei, ó Frade.
Frade: De certo que irei para a barca, em direcção ao inferno, pois é o único sítio onde me vão acolher. Mas quero um serviço de reis, todos os dias um banquete, quando for para o inferno.
Diabo: Assim será, como já lho tinha dito. Agora, por favor, entre na barca.
(chega um mendigo)
Mendigo: Eu morri, faz pouco tempo. Não sei para onde mereço ir. Pró Inferno ou pró Paraíso?
Anjo: Meu caro é para o paraíso que deveis ir.
Mendigo: A sério? Tal alegria nunca tive. Mas claro que aceitarei o seu convite ó Anjo.
E assim foi, cada um para seu lado.
Cada um para sua barca.
Uns para o Inferno,
Outros para o Paraíso.
Mas foi o merecido.
Continuador da história: Marco Alves, 5.º E, N.º14
As pupilas do Senhor Reitor
Os filhos que Pedro e Clara tiveram chamavam-se Letícia, Rosa e Manuel, isso mesmo, eles tiveram três filhos.
Um dia a irmã de Clara, Margarida viera a casar também com Daniel.
O jovem médico que cuidava muito bem da sua família, nem sabia o que o esperava. Margarida começou a ter encontros secretos com Pedro.
Passaram-se dias e dias e Daniel espantado com as saídas da mulher, que antes ficara sempre em casa a tratar da roupa, da comida e de lavar os meninos. Decidiu segui-la, seguiu-a por vários minutos e depois, chegado ao destino, viu que Margarida beijava Pedro. Ele apareceu e disse:
– Com que então! Andas a sair para ver o meu irmão e não para ires ter com a tua irmã! Pois então fica com o meu irmão, que eu arranjo outro.
Passados dias, Daniel encontrou-se de novo com Pedro e Margarida juntos, mas desta vez ele tinha outra, Pedro olhou e viu que era Clara quem ia com o irmão.
Pedro e Daniel falaram durante algumas horas e decidiram trocar de mulheres, o mesmo queriam as mulheres.
Então, feita a troca, os irmãos e irmãs viveram felizes para sempre como de início.
Luís Alves, 5.º E, N.º13
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